Landslide

Admitamos que andamos todos à procura de alguma coisa. Sim. Andamos sempre à procura de alguma coisa. Mais. Acho que continuo a tentar encontrar-te em todas as pessoas, Colega. Como se fosse possível alguém tapar esse buraco de amor a crescer que deixaste a meio. Menos de meio. Um copo a transbordar, estando meio cheio. Meio vazio.
O amor dos que nos faltam é um copo a meio: nunca sabemos se cheio, se vazio.  Uma indecisão de estrada,  onde o caminho nos deixou a meio da ponte, a contemplar a gama dos cinzentos da saudade. Não há preto nem branco na saudade. 
Andamos sempre à procura de alguma coisa. Da tua luz perfeita,  talvez.  De um amigo que ajude a ultrapassar o silêncio do teu telefonema que não toca. E em todos procuramos uma alma cheia que nos ajude a preencher este buraco. Esta estrada feita de buracos. Equilibrismo na caminhada.  Sem ter rede,  Colega. É sempre sem rede.
Há que arriscar para crescer, ainda que o medo seja um caminho cheio de buracos. E,  por isso, seguimos - a fazer equilibrismo pelos espaços que a saudade de ti não esburacou.
Andamos sempre à procura de alguma coisa, não é?

(Porque  a Sarinha Amor me deixou a pensar nas saudades que eu tenho de ter o meu melhor Amigo)

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