desta ausência que nos une

De AEu a 20 de Maio de 2007 às 00:17

Esta reflexão leva-me a uma outra:
- Porque pensamos nós?
- Porque vamos por caminhos mais complicados?
- Porque criamos situações e problemas que o demo tem dificuldade em descobrir?
- Porque sonhamos tanto?

E outras tantas interrogações que nos manteriam durante dias até à eternidade, a perguntar!

E a resposta também é simples:
- Porque alguns de nós, e eu considero-me incluído, não passamos somente pelo mundo, não estamos somente à espera, mas queremos tomar parte activa na sua construção e no seu desenvolvimento, e essa vontade inquieta, e desassossega.

- Porque não querermos ser apáticos nesta sociedade, e então além de nos inquietarmos também temos de descobrir formas de intervenção, e pequeninos como somos, sem o poder do poder, não é fácil, porque o desânimo toma conta de nós!
Este conflito de vontade e de capacidade (digo força) é causa de muitas das nossas guerras interiores, de insatisfação, de melancolia, daquela necessidade de “hibernar”…

Agora, tu não estás sozinha, mas criaste uma imagem e modelo de mundo, que só por mera coincidência é compatível com a imagem que tantos outros com as inquietudes próximas das tuas também criaram!

Se o teu círculo integrar seres próximos desta tua imagem, conseguirás ter muito mais harmonia no teu dia a dia! E a necessidade de hibernar será bem diferente!

Talvez um dia, nas minhas memórias registe algumas das minhas experiências que também passaram um pouco por esse teu estado de espírito, que vai e vem, que por vezes se mantém perto e por vezes anda longe.

Como sabes, não te digo que estou aqui para te escutar, porque nem sempre os colegas são os melhores conselheiros. Estarei aqui para o que der e vier, e apenas para o que tu quiseres.

Ao lembrares Enya , fui buscar o tema de Braveheart, e estou a ouvi-lo enquanto redijo estas letras. É uma lição de persistência, de vontade e coragem. Nem sempre podemos hibernar! Por vezes a ordem é para caminhar… caminhar… caminhar!
O mundo precisa de nós!!! Acordados e lúcidos, com uma visão muito grande...

Um beijo grande...




ao António Eusébio (31 de julho de 1964 - 5 de outubro de 2008)



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