Sabedoria
Se o frio vier, abrir-lhe-à a porta. Há uma dor demasiado familiar nesse quente de aconchego. E um cansaço demasiado pesado nesse reacender insano dos simpáticos estados da alma. E se o silêncio vier com o frio, puxará uma cadeira para os dois. Que se sentem e que tomem chá. Eles que fiquem na sua plácida constância. E servirá chá porque está convicto de que ela não gosta. Não haverá uma almofada livre para mendigar brasas. Que seja ao frio e fria como a vingança.
Tinha lido no meio de uma resma de rabiscos que quando as pessoas não querem conversar é porque já nada há a dizer. A cadeira molda-se para receber o silêncio e a lareira apaga-se para receber o frio. Há nas desilusões um cansaço que mata o que de bom há nas pessoas.
And all of the time you thought I was sad, I was trying to remember your name
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