há amores assim

Era um tempo de gostar de ti por dentro da escuridão daquelas escadas onde te voltaste e me agarraste para sempre. Um sonho que se vive no sono da noite numa cama que de tão pequena se torna imensa. E era um tempo que não se perde, ainda que se volte o mundo ao contrário e a noite se despeça mais cedo das gentes para abraçar mais cedo os amantes. Uma alma que se despe antes da porta, uma espiral  de abismo que projecta para a escuridão daquelas escadas onde te voltaste e me agarraste para sempre. Como um ciclo que se repete para sempre. Para sempre.

Para sempre.

Para sempre.

Era um tempo de não ser menos ou mais do que já fomos. Era um tempo de gostar de ti. Oxalá o sonho do sono de hoje nos coloque de novo na escuridão daquelas escadas e me digas o que não houve tempo de...


não demores tanto assim 

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