this raging light

Naturalmente vamos ficar parados a olhar um para o outro. Naquela vergonha de não saber onde pôr as mãos. De não saber o que podemos dizer. De não saber se a minha perna pode tocar a tua. Debaixo da mesa. Clandestinos da nossa vontade. Ou a nossa vontade clandestina.

Vamos tentar ser cordiais. Tu vais dizer que eu estou bonita. Fica bem. Mas vamos estar à procura de vestígios dos traços que o nosso rosto já teve. E depois vamos contar, a medo, uma história daquelas...

...lembras-te de quando…?

Vamo-nos lembrar de tudo, sim. Em alguns momentos, palavra por palavra. É essa a doçura das memórias. Da memória. Esse palco de mundo onde por mais que nos afastemos, mais nos cruzamos.

Há demasiados caminhos na vida para não nos vermos outra vez.



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